Yin Yang

Segundo a tradição oriental (principalmente a Chinesa e a Japonesa), Yin e Yang são duas forças complementares, compondo tudo o que existe no nosso universo. Unidas, elas geram o que entendemos por equilíbrio. Separadas, são relevantes por apresentarem características únicas, que definem os opostos.

Yin é a força que rege o lado escuro, o frio, a noite e os aspectos femininos. É a delicadeza do movimento e a sutileza. Yang representa a força que rege a luz, o dia, o calor e os aspectos masculinos.

Yin e Yang podem, ainda, receber a característica de positivo ou negativo. Contudo, esse é um conceito relativo - além de não estar relacionado à comparação de bom/ruim, bem/mal. É mais fácil utilizar estes conceitos com base nas cargas elétricas, onde os prótons (positivos) são opostos aos elétrons (negativos), mas precisam um do outro para a formação do átomo.

A teoria do Yin Yang ainda pode ser aplicada a determinados conceitos físicos, como matéria e antimatéria. No ocidente, o símbolo é, muitas vezes, distorcido e apresentado como "Símbolo da Nova Era". Bobagens e preconceitos postos de lado, a verdade é que a harmonia descrita nele aparece de diversas formas, com sua idéia de movimento circular lembrando o infinito.

O Tai Chi Chuan expressa o Yin Yang com um símbolo simples e, ao mesmo tempo, complexo: o Hotu. O diagrama sugere a essência da natureza, da mente e do espírito harmonizadas em um movimento de fluxo contínuo, onde as forças são geradas mutuamente. O círculo no centro do diagrama representa o vazio de onde tudo é criado.

Yin e yang são conceitos necessários ao artista marcial adepto das práticas orientais - principalmente ao buscaro lado filosófico (Dô) de sua arte. A compreensão desses valores durante o combate ou a execução de movimentos podem alterar sua percepção da realidade marcial em diversos aspectos, sendo o energético mais influenciado.